sábado, 30 de abril de 2016

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Constata-se em muitas das escolas de educação básica, em especial da educação infantil e fundamental uma cultura de negação da educação inclusiva, mesmo se percebendo uma sensibilidade dos professores para com as diferenças dos alunos com deficiências ou com necessidades educacionais especiais. Alguns docentes que conversamos no dia a dia criticam a forma como a inclusão está se processando nas escolas, devido à carência de capacitação para trabalharem com alunos especiais. Alegam pouca infra-estrutura física e de recursos humanos especializados disponíveis, assim como as poucas orientações transmitidas pelos “especialistas”. As dificuldades dos alunos especiais em freqüentarem o AEE – Atendimento Educacional Especializado, no contra-turno ao de seus horários de escolarização nas escolas de origem por diversas razões, criam barreiras na elaboração de um plano de atendimento em consonância com o plano de aula dos professores. A dicotomização entre o discurso da inclusão e à sua prática real, na verdade cria uma lacuna imensa. O elevado número de alunos em sala de aula dificulta os atendimentos adequados aos alunos especiais, deixando evidente que o caminho é árduo, mas não impossível! Dessa forma, deve-se ressaltar que promover a inclusão, não significa, apenas, permitir que o aluno especial adentre em uma escola regular, mas, principalmente, garantir que lhe sejam dadas condições de aprendizagem, desenvolvimento social, cognitivo e afetivo, por ele ser sujeito de direito. Percebo que muitas das crianças, de 07 a 14 anos que estejam freqüentando as escolas neste começo do século XXI, o que é um direito garantido por lei, ainda existe uma exclusão escolar que é de fundo histórico e que se manifesta de uma forma velada. É necessário reconhecer a heterogeneidade de nosso alunado. É imperioso a articulação da políticas pública com outros espaços da gestão pública A construção de uma política da educação inclusiva hoje no contexto atual deve necessariamente ter um olhar intersetorial dos gestores a partir das particularidades locais em razão das identidades de cada território, uma vez que a identidade muda de acordo com a forma como o sujeito é interpelado ou representado. . ( Giddens – 1990 ). Ronaldo Ribeiro - Sociólogo